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A noite.


Bar, bebida, conversa.... Em cada mesa daquele bar havia uma conversa, exceto em duas.
Na mesa do canto uma mulher sozinha. Na outra mesa do canto, um homem sozinho.
Bebiam, cada um perdido em seu copo, em seu universo. Trocavam breves sorrisos em meio aquele mar de mesas entre eles, “será que é comigo mesmo? ”, pensavam.
Continuam a beber, os sorrisos se intensificam. O garçom entra em jogo, o homem rabisca em um papel e pede para o garçom entrega-lo junto com uma bebida para a moça sozinha na mesa.
O garçom atende, leva a bebida e o papel. A mulher lê, sorri e sem demora pega um papel limpo, seu batom e escreve uma coisa da maneira mais legível possível. Pede para o garçom levar o papel para quem pagou a bebida.
O garçom passa na mesa do homem solitário, deixa o papel e segue seu caminho em direção a outros clientes.  Leu com atenção e um pouco de dificuldade as palavras escritas com batom no papel, após ler se levantou, pegou seu copo e foi em direção da mulher sozinha.
- Vejo que não perdeu tempo – Ela disse. O rapaz sorriu, sentou-se ao seu lado e conversaram, na verdade, trocaram meia dúzia de palavras até ambos decidirem que a conversa poderia esperar. Se beijaram.
Saíram do bar, foram para o carro. – Minha casa ou a sua? – O homem fez aquela pergunta clássica.
- A minha! – Disse a mulher entre a troca de beijos intensos antes de darem partida no carro. Aceleraram muito, aquela vontade não podia esperar.
Chegaram na casa da mulher, beijos intensos, dificuldade para abrir a porta, dificuldade para trancar a porta. Mais beijos.
Os dois a sós, cada carícia, a trilha de roupas de ambos que fora deixada da sala de estar até o quarto dela, foram para a cama.
Dormiram bem tarde, no fim nem conversaram. Na manhã seguinte acordaram. Ela olhou o despertador ao lado da cama: - Aí cacete, tenho que ir trabalhar!
Ela foi tomar banho, acabou chamando ele para ir junto. O trabalho podia esperar mais um pouco. Aproveitaram o banho, saíram, cada um se arrumou rapidamente e saíram juntos.
- Quer carona para o trabalho? – Ele disse. Ela não aceitou, disse que era perto dali. Se despediram e cada um seguiu seu caminho.

Depois de um tempo, já longe um do outro, perceberam que nem sabiam seus nomes e que aquela noite que ficaram juntos, ficaria apenas em suas memórias, além de ter sido a única de suas vidas.
Arilson Câmara, 27 anos, formado Jornalismo, casado com a sua melhor amiga. Mais informações procurar o guichê 8.

Comentários

  1. ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

    Sem mais!

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  2. É tão estranho, né? A gente se conectar com uma pessoa a esse ponto, e depois nem poder mais trocar uma conversa com ela. Ás vezes eu paro pra pensar nisso, é tanta gente que passa pela nossa vida... mas não podemos deixar umas pessoas especiais como essas escaparem.
    Um beijão,
    Gabs | likegabs.blogspot.com ❥

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    Respostas
    1. Esse lance de escapar sempre acontece. As vezes você conversa com uma pessoa no trem e nunca mais vai ver ela na vida. É triste, mas acontece né.

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