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Poison: Chapter Five (Finale)


Era estranho me ver naquela situação. Estávamos correndo pela casa em direção ao carro, meu coração estava acelerado e eu estava confuso com o que acabara de acontecer. Frank tinha razão, não tinha lógica o que Paola me disse, porque ela era um político, onde lhe faltaria dinheiro à ponto de precisar pegar emprestado e pra isso matar sua esposa? Não tinha nem um pouco de lógica aquilo. Se não bastasse tudo aquilo, começara a chover, e muito forte.  
Entramos no carro e eu pisei no acelerador, dirigindo o mais rápido possível até o endereço de Paola. Se estivéssemos certos, ela poderia fugir a qualquer momento e tínhamos que impedir. Virei a esquina rapidamente enquanto ouvia Frank ao meu lado discar o número da polícia local para nos ajudar.
- Por favor eu já passei o endereço. – Ele gritava, praticamente. – Temos quase certeza que foi ela.
Encostamos o carro ao mesmo tempo que ela colocava as malas no carro. Paola nos olhou surpresa e seu olhar se mostrou apavorado. Ela entrou no carro rapidamente, não nos dando tempo de pará-la e pisou fundo.
- PORRA! O que nós vamos fazer? – Olhei para Frank em busca de algum tipo de ajuda.
- A polícia está vindo, não vai dar pra ela escapar. Vamos. – Entramos novamente no carro e começamos a segui-la com toda a velocidade possível. Já era muito tarde e janelas começaram a se abrir com a agitação noturna anormal.
Não tínhamos tempo de pensar em mais nada, corríamos já à dez minutos e meu carro quase encostava no dela, porém não conseguíamos para-la. Por sorte, cem metros à frente estavam os carros da polícia, barrando a passagem, a forçando parar. Parei em seguida, quase pulando do garro para correr até o dela
- Saia do carro. – Gritei, mas notando que havia algo estranho, ela tinha uma arma na mão. Parei na hora, já sem paciência com aquilo tudo, a chuva encharcava minha roupa. – Larga essa arma, porra! Você já matou sua melhor amiga, quer matar mais alguém hoje?
Ela tentou atirar, mas parece que ela tinha a mesma habilidade com armas que eu – zero. Não sabia como ela tinha conseguido aquela arma, mas com a ajuda de dois policiais, conseguimos arranca-la das mãos de Paola. A ruiva gritava enquanto era algemada.
- Eu não fiz nada, eu não matei ninguém!
- Isso é o que veremos. – Frank logo estava do meu lado, tremendo de raiva. – Vasculhem o carro todo. Quero saber o que essa vadia usou pra matar minha esposa.
Enquanto os policiais vasculhavam o carro dela, nos encaminhamos para um dos carros, onde colocamos Paola e comecei a lhe fazer perguntas, que ela se recusava a responder.
- Para onde você ia? – Perguntei pela décima vez, porém ela continuava gritando para tirarem-na dali.
- Eu já disse pra me tirar daqui! – Ela cuspia as palavras, como se dependesse disso.
- Achamos! – Gritou um dos policiais, correndo em nossa direção.
Havia uma bolsa em suas mãos contendo um passaporte, uma passagem para fora do país, um batom vermelho e um vidro com um líquido estranho.
- Aparentemente foi o veneno que ela usou. Vamos levar todos esses dados e provas para a delegacia e a encaminharemos para a prisão até o julgamento. – O policial apontou para Paola, que continuava gritando que não tinha feito nada.
Pedi para que Frank fosse para casa, amanhã cedo seria o funeral de Lola. Acompanhei os policiais até a delegacia e entreguei todas as anotações feitas, e fiz mais uma tentativa de interrogatório com Paola. Infelizmente só consegui que ela falasse que o veneno era forte, por isso quando Lola À beijou, deixou aquela marca em seu rosto, não entendo como isso aconteceu, mas os policiais conseguiram entender e identificaram que se tratava de um veneno extraído da vespa do mar, muito raro.
Resolvi ir embora, o resto a polícia resolveria, creio eu. Precisava dormir um pouco, ou ao menos tentar.
                                               -
A vida, as vezes é injusta. Ela nos tira pessoas queridas, e muitas vezes não é tão rápida para trazer alguém que cure a dor ou ao menos à amenizasse. Soube que Paola queria mais dinheiro para viver fora do país, por sorte conseguimos prende-la antes que fugisse. Meus olhos estavam cheios de olheiras e eu vestia um terno preto. Estava dirigindo com o olhar vago até o cemitério onde ocorreria a cerimonia. Faz dois meses, e todos os dias ainda visito seu tumulo.
Não quero nem lembrar de minha expressão ou as lágrimas que derramei ao ver o corpo de Lola num caixão, nem me lembro do discurso feito pela família. Só lembro de quando tudo acabou e Frank passou por mim, apertando com força uma das mãos em meu ombro, em forma de um conforto.


Fui para casa sozinho aquela noite. Bebi e fumei demais. Seria uma dor difícil de esquecer, mas com o tempo... quem sabe? Ao menos tudo aquilo ajudou-me à ser mais procurado profissionalmente. Vou sentir sempre a falta de Lola, mas eu vou superar isso.


Fim
Joice Novaes, 27 anos, formada em Letras, escritora. Casada com o seu melhor amigo (Colaborador do blog)! Romântica, amante de livros, musica, filmes, séries, fotografias e muito mais.

Comentários

  1. muito emocionante :/ e triste!
    fiquei imaginando as cenas....
    http://www.blahoestraich.com.br

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  2. Triste... isso só mostra o que as pessoas fazem para ter dinheiro, poder, e etc!
    Gostei da mensagem que você tentou passar, e por mais dificil que seja, muitas vezes o fim não é como esperando, pessoas que amamos morrem injustamente, e o que sobra para nós, e nos conformar, e colocar em nossas mentes que talvez essa pessoa esteja em algum lugar melhor, e assim, dia após dia tentamos superar, porém sempre terá aquele vazio que nunca será preenchido....


    bjus

    http://acidadeliteraria.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Exatamente o que eu quis passar! Espero que tenha gostado da história!

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  3. peraí deixa eu ver se eu entendi
    ela queria mais dinheiro pediu pra amiga e ela nao deu e ela resolveu matá-la foi isso? o.O
    gente coitada
    que louco
    queria mais sei lá algo mais explicativo tou meio coisada com esse fim kkkkkkkk

    www.meumuraldeideias.com

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